v. 9 n. 2 (2020): ESTUDOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO

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Os estudos ameríndios e os diferentes níveis e modalidades de ensino, como educação básica, educação superior, educação bilíngue, universidades interculturais, licenciaturas diferenciadas, entre outras formas do campo da Educação Indígena, têm ganhado expressão, nas últimas décadas, nas Américas Latina e Caribenha. Novas possibilidades de vida, política e currículos ampliam os debates sobre espaços não formais de ensino, sob os quais distintos sistemas de pensamento e normas de inteligibilidades se apresentam. Este dossiê tem o objetivo, nesse sentido, de reafirmar o compromisso com os estudos das diferentes concepções de educação e culturas indígenas, investigando o ensino intercultural e suas configurações políticas, a fim de explorar novas possibilidades de estudos. A edição abrange trabalhos resultantes de pesquisas teóricas e/ou empíricas, cujas temáticas focalizam contextos educativos formais e não formais de ensino, abrangendo os temas da educação básica, educação superior, atuação em universidades populares e interculturais indígenas, concepções de infância, de juventude e seus processos de aprendizagem. Pretende-se, assim, articular pesquisas vividas não só no contexto brasileiro como em outros países da América Ameríndia em prol da valorização dos povos indígenas e de sua diversidade cultural.

Organizadoras: Profa. Dra. Danielle Bastos Lopes (UERJ) e Profa. Dra. María Cecilia Zsögön (UBA)

 

Arte de capa:

Artista: Viviane Diehl*

Título: Apagamento: infância. 2020. Dimensão 18x18x01cm.

Material: papel canson, acetato, fio algodão, tinta acrílica, madeira.

Técnica: intervenção na fotografia (impressão fotográfica, pintura, colagem, bordado).

Sobre a obra:  A produção poética em artes visuais se apropria de imagens fotográficas de crianças e adolescentes guaranis, impressas em diferentes suportes com intervenções de materiais naturais. No campo dos sentidos, propõe movimentar reflexões a partir de conceitos que perpassam a interculturalidade. O povo guarani resiste constantemente para que sua cultura e seus saberes sejam difundidos para as próximas gerações e para todos. A criança guarani vive a infância e sabe que vai viver plenamente seu ser infantil. Ela brinca e aprende nos movimentos do corpo, que guarda os sentidos da existência. Os povos originários brasileiros resistem frente a interesses econômicos e políticos do governo no país, numa sociedade que promove o apagamento.

* Natural de Carazinho (1964). Doutora em Educação pela UFSM/RS (2015), Licenciada e Bacharel em Artes Plásticas, na UPF/RS. Atua como educadorartista do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Feliz/RS, na área Artes/Cerâmica, desde 2013, onde desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão. Indissociadamente, atua no Atelier Vivie Diehl participando de eventos e exposições nacionais e internacionais. E-mail: [email protected]

Publicado: 2020-12-08

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