“Acho que educar é como catar piolho na cabeça de criança”: reflexões sobre a literatura indígena em provas do ENEM
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v9.n2.a4524Resumo
Resumo: O presente artigo versa sobre as dinâmicas de aplicabilidade da Lei nº 11.645/08, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional quanto à inclusão no currículo oficial da rede de ensino e a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. A referida lei prevê que os conteúdos referentes à histórias e culturas destes povos devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, mas com especial atenção nas áreas de artes, história e literatura brasileiras. Portanto, neste trabalho, de abordagem qualitativa com procedimentos da pesquisa documental, objetivamos discorrer sobre a presença da literatura indígena no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde o advento da lei em questão, no de 2008, até a edição mais atual, neste caso, ano 2019. Com o foco de atenção nos itens que consideram a textualidade como fato literário, investigamos as 400 questões de literatura presentes nas 24 provas da área de conhecimento “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias” dos últimos 12 anos do Enem e procuramos analisar de que maneira a literatura escrita por autoras/es indígenas se materializa no exame de seleção para a maioria das universidades públicas brasileiras. Os resultados apontam que a baixa presença da escrita literária indígena no Enem revela o quanto a escola prescinde a esta literatura.
Palavras-chave: Lei nº 11.645/08. Literatura Indígena. Enem.
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