DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS COMPÓSITOS UTILIZANDO POLIÉSTER E BAGAÇO DE MANDIOCA

Autores

  • Daiane Romanzini Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Feliz
  • Guilherme Gustavo Hepp Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia QuímicaInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Feliz

DOI:

https://doi.org/10.35819/publicaifrs.v1.n1.a6329

Palavras-chave:

Bagaço de mandioca, Matriz poliéster, Carbonato de Cálcio

Resumo

A manihot sculenta, conhecida como mandioca, é uma planta cultivada em praticamente toda a américa, sendo a fécula um dos principais substratos obtidos a partir da raiz. A produção da fécula de mandioca gera resíduos como o bagaço da mandioca, que apesar de ser rico em amido residual e fibras, não possui destinação que agregue valor. Deste modo, o objetivo deste estudo é a obtenção e caracterização de compósitos de resina poliéster contendo como carga o bagaço de mandioca. Os resultados foram comparados com compósitos produzidos com carbonato de cálcio, que é uma carga tradicional usada na indústria. O bagaço obtido foi desidratado, moído e caracterizado através da análise termogravimétrica, apresentando resultados semelhantes aos encontrados na literatura. O compósito foi obtido através da técnica de casting, com teores de 9,1% e 16,6% em massa de bagaço de mandioca, e analisado a partir de ensaios mecânicos e físicos. Os resultados mostraram que a incorporação de bagaço de mandioca aumenta a viscosidade, a densidade e a absorção de água do compósito. Já o tempo de gel apresentou valores próximos àqueles reportados pela resina poliéster, e superior ao do poliéster contendo carbonato de cálcio. A resistência à flexão e o módulo de elasticidade apresentaram resultados semelhantes aos da resina pura. Desta forma, o bagaço de mandioca, um resíduo da produção de fécula de mandioca, se apresenta como potencial carga para ser usada em compósitos com matriz poliéster.

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Biografia do Autor

Daiane Romanzini, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Feliz

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade de Caxias do Sul (2010). Mestre em Engenharia de Processos e Tecnologia pela Universidade de Caxias do Sul (2012) e doutorado em Engenharia de Materias pela UFRGS (2016) na área de compósitos e nanocompósitos poliméricos moldados por RTM, com período sanduíche no Instituto Politécnico de Torino-Itália. Atualmente é Coordenadora do curso de Engenharia Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS/Campus Feliz. Atua também no Mestrado Profissional em Tecnologia e Engenharia de Materiais do IFRS principalmente nos seguintes temas: nanocargas, silanização de argilas, processamento e comportamento mecânico, térmico e flamabilidade de polímeros e compósitos.

Guilherme Gustavo Hepp, Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia QuímicaInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Feliz

Possui ensino-medio-segundo-graupela Escola Estadual de Ensino Médio Décio Martins Costa(2013). Atualmente, é estudante do curso de Bacharelado em Engenharia Química, do IFRS campus Feliz. Possui experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Tecnologia Química. 

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Publicado

23-08-2023

Como Citar

ROMANZINI, D.; HEPP, G. G. DESENVOLVIMENTO DE MATERIAIS COMPÓSITOS UTILIZANDO POLIÉSTER E BAGAÇO DE MANDIOCA. Publica-IFRS: Boletim de Pesquisa e Inovação, Bento Gonçalves, v. 1, n. 1, 2023. DOI: 10.35819/publicaifrs.v1.n1.a6329. Disponível em: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/publicaifrs/article/view/6329. Acesso em: 18 maio. 2024.