Como questionamos a ditadura nas aulas de Geografia
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v5.n1.a1970Resumo
Resumo: Este texto compartilha experiências pedagógicas desenvolvidas em turmas de Ensino Médio, nas aulas de Geografia, a partir da temática relacionada à ditadura midiática-civil-militar no Brasil. Fazendo alusão aos cinquenta anos do golpe militar, em 1964, elaborou-se um conjunto de sequências didáticas associando a globalização ao período dos “anos de chumbo”. Nossa construção didática esteve amparada na sociologia crítica da mídia de Edgar Morin, Juremir Machado da Silva e Pedrinho Guareschi. Desse modo, as atividades privilegiaram a interpretação da influência da grande mídia no apoio ao golpe e na estabilidade política da ditadura. Foram empregados recursos didáticos diversificados, como a análise de reportagens históricas, a compreensão de programas audiovisuais da época e o trabalho com imagens. Durante as aulas, destacamos a inseparabilidade entre os conceitos de espaço e tempo no ensino de Geografia. Com efeito, ao compreenderem a contemporaneidade sociopolítica brasileira como corolário de uma historicidade, os sujeitos envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem podem operar qualitativamente na sociedade da informação, instituindo um olhar crítico sobre os meios de comunicação; logo, formando uma teia própria de conhecimento.
Palavras-chave: Ensino de Geografia. Ditadura na escola. Crítica da mídia. Aprendizagem.
HOW CAN WE QUESTION DICTATORSHIP IN GEOGRAPHY CLASSES
Abstract: This paper aims at sharing pedagogical practices developed in high school Geography classes. Their main subject was media-civil-military dictatorship in Brazil. The fiftieth anniversary of 1964 Brazilian military coup d’état motivated the production of a set of educational activities which associate globalization with the so called “anos de chumbo” (plumb years). Our theoretical framework relies on the works of media critical sociology of Edgar Morin, Juremir Machado da Silva and Pedrinho Guareschi. Thereby, the activities focused on interpretation of great media and communication's role on supporting the coup d’état and dictatorship maintenance. Diverse educational resources were employed, varying from historical materials analysis, image observation and audiovisual programs discussion from that political period. In class, we tried to stress the necessity of connecting geographical concepts of time and space. From that, we would argue that students who understand Brazilian social-political contemporary elements as a historical process are able to look critically at the information society media; therefore spinning their own knowledge web.
Keywords: Teaching Geography. Dictatorship in school. Media criticism. Learning.
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