“Já pensamos em espanhol”: reflexões sobre a aprendizagem de espanhol através de produções escritas de discentes do ensino técnico
DOI:
https://doi.org/10.35819/linguatec.v3.n1.a2895Palavras-chave:
Ensino-aprendizagem de línguas, Língua materna, Língua estrangeira, espanhol, produção escrita.Resumo
O presente artigo propõe investigar e expor a experiência teórico-prática vivenciada entre professor regente, estagiária em formação e corpo discente de uma escola tecnológica, localizada no Rio de Janeiro, em relação ao processo de aprendizagem do espanhol. O foco da reflexão pauta-se em falas e produções escritas produzidas por alunos de espanhol do 1º ano do Ensino Médio e geradas numa situação de avaliação bimestral. Quando levados a ponderar sobre sua aprendizagem e produção textual em língua espanhola, os alunos, em sua maioria, afirmam pensar direto em língua estrangeira (LE) para registrar seus textos. Contudo, em nossa análise dos dados, refletimos sobre como se figura uma relação entre a língua materna (LM) e a LE no processo de subjetividades do aprendiz. Tomamos como referencial teórico para pensar a contribuição da LM na aprendizagem da LE os estudos de Serrani (1997), Revuz (1998), Celada (2004, 2008) e Grigoletto (2010), além de algumas contribuições filosóficas de Bakhtin (2014). A experiência compartilhada nos leva a cogitar a necessidade de discussão e inserção dos processos de aprendizagem na formação linguístico-discursiva de nossos alunos, sendo essa uma prática que pode contribuir para a não naturalização de certas crenças sobre o ensino de línguas na escola. Esperamos que o artigo também possibilite analisar a importância da aprendizagem do espanhol no contexto da educação profissional e de seu ensino entre as opções delíngua estrangeira daEducação Básica, propostas rechaçadas a partir da aprovação da Lei nº 13.415/2017 (BRASIL, 20017).
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