Breves lições da História para (re)pensar o entusiasmo sobre as tecnologias digitais na educação
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v12.n1.a6650Resumo
O presente trabalho se vale de algumas contribuições da história para propor uma reflexão sobre o entusiasmo que contagia pessoas e organizações quando o assunto é inserção de objetos tecnológicos digitais na educação escolar. O objetivo é contribuir com uma análise crítica da retórica em torno das tecnologias digitais na escola. Optamos por um estudo exploratório, de caráter qualitativo, de um guia temático publicado virtualmente pela organização Porvir, deliberadamente renomeado pelos autores como Guia Porvir de Tecnologia na Educação (GPTE). Em linhas gerais, identificamos que a retórica do documento analisado está caracterizada por um entusiasmo publicístico, impregnada de solucionismo, inovacionismo, salvacionismo e futurismo, assemelhando-se àquela observada na virada do século XIX para o século XX. Ademais, o documento omite que as transformações tecnológicas estão assentadas no protagonismo humano, o que significa o envolvimento de pessoas, grupos, organizações e instituições em relações de poder que abrigam, entre outros, interesses econômicos e político-ideológicos. Ao não contemplar a necessária e rigorosa investigação crítica a ser realizada a partir das lições da história aqui discutidas, entendemos que o documento do Porvir se mostra frágil para indicar tecnologias digitais para a educação e caminhos para a escola contemporânea.
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