O imigrante na língua: o comentário de um estudante de Português como Língua de Acolhimento sob o viés da Antropologia da Enunciação
DOI:
https://doi.org/10.35819/linguatec.v8.n2.6703Resumo
Este trabalho aborda a relação entre o ser falante e o ser cidadão a partir da análise de comentários de um imigrante haitiano que estudou Português como Língua de Acolhimento (PLAc). A pesquisa qualitativa, de caráter descritivo, é pautada na Antropologia da Enunciação (FLORES, 2015; 2019), teoria que analisa conhecimentos sobre a língua revelados pelo próprio falante, em um entrelace com o conceito de PLAc, perspectiva de ensino específica para alunos que passaram por uma migração forçada ou refúgio e que precisam reconstruir sua cidadania no país em que passarão a viver. O objetivo deste artigo é verificar o que há nos comentários do imigrante, aspectos que mostram a sua inserção social e reconstrução da cidadania a partir do momento em ele que pode se comunicar com os brasileiros. Para isso, foram analisados trechos de uma entrevista semiestruturada com base nos textos “O aparelho formal da enunciação” e “A forma e o sentido na linguagem” (BENVENISTE, 1989). A partir dos resultados foi possível verificar que é a propriedade de significação das línguas que garante a comunicação entre os imigrantes e os falantes nativos e, como consequência, o aspecto que permite que esses sujeitos possam reconstruir sua cidadania e participar ativamente da sociedade brasileira.
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