“O primeiro sofrimento que os imigrantes passam é de não entender nada da língua”: em busca do português brasileiro como língua de acolhimento para imigrantes

Autores

  • Marina Alves Cavinato IFRS - Campus Farroupilha https://orcid.org/0000-0002-6399-8707
  • Eduarda Portella Gallina IFRS - Campus Farroupilha
  • Minéia Frezza IFRS - Campus Farroupilha

DOI:

https://doi.org/10.35819/linguatec.v6.n2.5465

Resumo

Atualmente, o Brasil insere-se no cenário internacional das migrações de crise como destino de milhares de imigrantes. Assim, torna-se necessário implantar políticas de acolhimento à essa população. Nesse sentido, o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) constitui uma das principais formas de promoção da integração de imigrantes na sociedade brasileira. No entanto, os materiais didáticos de PLAc disponíveis são limitados em termos de interações naturalísticas e dos contextos comunicativos relevantes às demandas dos imigrantes (MIRANDA; LOPEZ, 2019; PERNA; ANDRIGHETTI, 2019). Como parte de um projeto de pesquisa desenvolvido no Instituto Federal do Rio Grande do Sul - Campus Farroupilha denominado “O português brasileiro falado na Serra Gaúcha como língua de acolhimento para imigrantes”, o qual pretende elaborar materiais didáticos de PLAc que atendam às necessidades dos imigrantes, o presente estudo visa analisar entrevistas com imigrantes residentes no Rio Grande do Sul com o foco em elencar as instituições e os contextos interacionais mais relevantes para eles. Além da análise dos dados coletados, que foi feita através da metodologia da Análise de Conteúdo, realiza-se uma breve discussão sobre três temas mencionados pelos participantes da pesquisa: a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho formal brasileiro, a importância da mediação linguística e alternativas de Políticas de Acolhimento. A partir dos dados coletados, será possível realizar gravações de interações naturalísticas nos locais elencados pelos participantes, as quais darão subsídio à produção de materiais didáticos de PLAc adequados às suas demandas. 

 

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Biografia do Autor

  • Marina Alves Cavinato, IFRS - Campus Farroupilha

    Estudante do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Administração. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Farroupilha, RS, Brasil. Atualmente é bolsista BICET no Instituto Federal do Rio Grande do Sul. 

  • Eduarda Portella Gallina, IFRS - Campus Farroupilha

    Estudante do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Administração. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Farroupilha, RS, Brasil.

  • Minéia Frezza, IFRS - Campus Farroupilha

    Professora da área de Letras Português e Inglês no IFRS - Campus Farroupilha. Doutora (CAPES/PROSUP) em Linguística Aplicada na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Mestra em Linguística Aplicada e Licenciada em Letras (Português-Inglês), ambas as titulações também obtidas na UNISINOS. Atua como membra do grupo de pesquisa Fala-em-interação (FEI), coordenado pela Profa. Dra. Ana Cristina Osteramann, do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UNISINOS. Realizou período de Doutorado-Sanduíche (PDSE/CAPES) na Universidade de Chiba, sob orientação do Prof. Ph.D. Aug Nishizaka. Desenvolve pesquisas que envolvem a fala-em-interação no âmbito da saúde da mulher, observando fenômenos como descrições de imagens fetais ultrassonográficas, a comunicação de notícias diagnósticas, multimodalidade, referenciação, proteção de face e gênero. Suas pesquisas estão inseridas nos projetos "Atendimentos à saúde da mulher: por análises interacionais aplicadas às práticas profissionais", "Uma mulher, um feto e uma má notícia: A entrega de diagnósticos de síndromes e de má-formações fetais -- em busca de uma melhor compreensão do que está por vir e do que pode ser feito" e "A construção da moralidade e de momentos delicados na interação em interações na saúde da mulher", também coordenados pela Profa. Dra. Ana Cristina Ostermann. Políticas linguísticas de acolhimento, variação linguística, ensino de português e de inglês como línguas maternas e adicionais também são assuntos de seu interesse.

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Publicado

2021-11-16

Edição

Seção

Artigos Acadêmicos

Como Citar

“O primeiro sofrimento que os imigrantes passam é de não entender nada da língua”: em busca do português brasileiro como língua de acolhimento para imigrantes. (2021). LínguaTec, 6(2), 65-83. https://doi.org/10.35819/linguatec.v6.n2.5465