Observatório de neologismos da língua portuguesa: da sala de aula para a pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.35819/linguatec.v4.n1.a3334Palavras-chave:
Neologismos. Língua Portuguesa. Palavras. Ensino.Resumo
O objetivo deste artigo é a apresentação dos primeiros resultados de um trabalho de investigação desenvolvido a partir de uma necessidade pedagógica, qual seja, a falta de opções didático-metodológicas nos livros didáticos sobre a formação de novas palavras na língua portuguesa. Trata-se de um estudo nomeado Observatório de Neologismos, cujo desenvolvimento deu-se a partir de um projeto de pesquisa executado no IFRS campus Bento Gonçalves, o qual teve, entre seus objetivos, principalmente, identificar a formação de neologismos da língua portuguesa a partir de um corpus previamente delimitado; classificar os neologismos nos dois principais subtipos: os de forma e os de sentido; identificar a presença de estrangeirismos; e identificar os processos de formação de palavras presentes nesses neologismos. Para atingir os objetivos propostos, foi feito um estudo teórico acerca do tema dos neologismos e utilizaram-se textos de três colunistas da Revista Época on-line a fim de se identificarem os candidatos a neologismos, o que se nomeou de corpus de extração. De posse das palavras que despertavam um sentimento de novidade, consultou-se o corpus de exclusão, formado por diferentes dicionários gerais da língua, a fim de se verificar se as palavras identificadas realmente podiam ser classificadas como unidades neológicas. Por fim, percebeu-se que nas palavras classificadas como neologismos, ocorrem os mesmos processos de formação pelos quais são formadas as palavras já dicionarizadas, tais como a prefixação, a sufixação, a composição, a abreviação e a acrossemia. Os resultados alcançados poderão qualificar o ensino de língua portuguesa no que se refere aos processos de formação de novas palavras.
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