O ajustamento neotecnista na contrarreforma do ensino médio
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v11.n2.a6251Resumo
O objetivo deste artigo é analisar os impactos educacionais resultantes da contrarreforma do Ensino Médio e suas estreitas relações com o projeto sistêmico empresarial. Para atingir tal objetivo, abordamos a problemática a partir da abordagem qualitativa de investigação, cujas reflexões resultam de uma pesquisa de cunho bibliográfico e documental, a fim de compreender a lógica neoliberal e neotecnicista que permeia a educação, baseada em características de intolerância e ajustamento. A contrarreforma educacional em estudo, não pode ser considerada apenas, em um movimento iniciado pela promulgação da Lei nº 13.415/ 2017 que impõe o “novo” Ensino Médio, ao contrário, deve ser compreendida como ações diluídas e intencionais, que, aparentemente isoladas, aceleram a agenda de sua implementação, especialmente, no cenário pós-pandêmico da Covid-19. É parte de um movimento emergencial do neoliberalismo em escala mundial, cuja padronização da educação se constitui em torno de um ensino voltado às competências e habilidades, a partir de características básicas de aprendizagem, com resultados pré-determinados, transferência de inovações elaboradas no setor empresarial (aparelhos privados de hegemonia), e responsabilização baseada em testes. A partir dos documentos norteadores e das discussões afloradas no campo educacional, concluímos que a finalidade desse movimento, visa tanto à privatização, quanto o desmonte intencional dos esforços até então despendidos na construção histórica da identidade do Ensino Médio, a acentuar as desigualdades, ponto chave da padronização e concepção neotecnicista de educação. O projeto neoliberal se apresenta em um alinhamento desestruturante da política social da escola pública, cujo controle desta, se fortalece na concepção ideológica de mercado.
Palavras-chave: Contrarreforma do Ensino Médio. Privatização na educação. Neoliberalismo e Educação. Neotecnicismo.
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