O golpe de estado de 2016 e sua incidência sobre o processo de privatização do financiamento da educação básica brasileira
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v11.n2.a6092Resumo
O propósito deste estudo é demonstrar como os interesses das classes e frações de classe burguesas incidiram sobre o financiamento público da educação básica após o golpe de Estado de 2016 até o ano de 2020. Para tanto, estudou-se os conceitos de crise política e golpe de estado, bem como realizou-se análises documentais em fontes primárias e secundárias, matérias jornalísticas e produções teóricas que abordam o tema, o que acabou definindo metodologicamente nossa pesquisa como bibliográfica e documental. Foi possível concluir que o golpe deve ser tratado como um golpe de reprodução social que tem como centralidade a mudança na hegemonia no interior do bloco no poder. Ficou demonstrado que o capital financeiro internacional e a fração da burguesia brasileira associada a ele passaram a deter a hegemonia no interior do bloco no poder. Essa mudança provocou efeitos relevantes sobre a política pública de financiamento da educação básica pelo fato de ter aumentado as possibilidades da sua desestatização. O golpe de Estado ampliou sobremaneira o processo de privatização do financiamento da educação básica brasileira seja por meio da Emenda Constitucional 95/2016 ou através dos sucessivos cortes, desvios, desinvestimentos, transferência da gestão para iniciativa privada, transferência da elaboração e operacionalização dos currículos e por meio da ampliação da terceirização.
Palavras-chave: Golpe de Estado. Privatização. Financiamento da educação.
Palavras-chave: Golpe de Estado. Privatização. Financiamento da educação.
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