Projeto de Acessibilidade Virtual no IFRS
Resumo
Para algumas pessoas com deficiência o maior sonho é fazer uma faculdade – sentir-se parte dela, ter um emprego; para outras, é simplesmente estar inclusa na sociedade; e, para outras ainda é apenas ter uma vida um pouco mais autônoma, mais independente, mais digna! Tratam se de direitos garantidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na nossa própria Constituição. Mas a sociedade tratou os diferentes como invisíveis por um longo período. Felizmente, na atualidade, percebe-se um movimento de quebra das denominadas barreiras (arquitetônicas, atitudinais, comunicacionais...), ação que vem paulatinamente acontecendo.
A falta de conhecimento da população como um todo, no sentido de conhecer e entender as possibilidades tecnológicas como aliadas no processo de inclusão, também constitui-se em um entrave. E ao tratar de possibilidades tecnológicas, pode-se dizer que, em diversos casos, algumas simples e baratas adaptações, tanto em meios físicos, como nos digitais já resolveriam a situação. O que ocorre é que essa área ainda está iniciando e carece de pesquisas aplicadas. Por isso urge que entidades de ensino como os Institutos Federais façam a sua parte no sentido de encontrar meios para que essas pessoas estejam inclusas nos bancos escolares e, consequentemente, na convivência social; resgatando um passado de exclusão que as deixou alijadas das práticas sociais.
Nesse cenário, os IFs da rede de Educação Profissional, Científica e tecnológica (EPCT) têm um amplo espaço e potencial para realização dessas pesquisas aplicadas, pois conta com quadro técnico capacitado, infraestrutura de laboratórios e alunos sedentos por descobrir caminhos até então não trilhados.
Fazendo uma retrospectiva desses sete anos do Projeto de Acessibilidade Virtual, pode-se dizer que os IFs envolvidos vêm adquirindo as competências necessárias para realizar um trabalho verdadeiramente colaborativo que enxerga o outro em suas especificidades;esse outro que aguarda por “soluções acessíveis”. E ao mencioná-las, além da quebra de barreiras arquitetônicas, é preciso pensar em recursos adaptados para que pessoas com deficiência possam utilizar os computadores da maneira na qual foram concebidos e, vencido esse obstáculo, projetar sites, portais,sistemas web, ambientes de educação a distância e objetos de aprendizagem de acordocom as diretrizes de acessibilidade. E é dessa grande necessidade que nasce o Projeto de Acessibilidade Virtual.
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