Entre a matrícula e o certificado: motivos de não conclusão e ações voltadas à permanência de alunos em curso Pronatec FIC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35819/scientiatec.v10i2.6435

Resumo

Apresentam-se neste artigo motivos pelos quais 57% dos alunos matriculados em cursos Pronatec FIC em cinco campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), no período de 2012 a 2014, não concluíram os cursos, bem como ações implementadas por docentes e equipe pedagógica visando contribuir para a permanência dos estudantes. Os dados foram obtidos por meio do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (Sistec), de entrevistas realizadas com coordenadores, professores, supervisores pedagógicos, servidores municipais e egressos, além de consulta a 281 fichas de desligamento respondidas por alunos não concluintes. Os principais motivos alegados de não conclusão foram: “atraso no pagamento do auxílio financeiro”, “conseguiu emprego”, “não ter com quem deixar os filhos”, “transporte público precário ou inexistente”. As ações mais citadas, voltadas à permanência, foram: “rever ou ensinar conteúdos básicos”, “tornar as aulas mais práticas e próximas das vivências dos alunos”, “priorizar a dimensão formativa das avaliações”, “acompanhar a frequência dos alunos e contatá-los em caso de faltas consecutivas sem justificativas”. Considera-se que a não conclusão de curso pode ser evitada ou atenuada por meio de ações voltadas ao atendimento de especificidades dos alunos nos âmbitos pessoal, institucional e conjuntural.

Biografia do Autor

  • Sandra Maria Glória da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Avaré

    Doutora em Educação na Universidade de São Paulo (2020) realizou estágio de pesquisa e aperfeiçoamento na Université de Montréal (Quebec, Canadá) com bolsa de mérito acadêmico concedida pelo Fonds de Recherche du Québec - Nature et Technologies (FRQNT) em 2017; Mestra em Educação Tecnológica pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG 2013); Especialista em Educação Tecnológica (CEFET-MG 2009); Pedagoga plena graduada pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG 2005); Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas Trabalho e Educação da Faculdade de Educação da USP (GEPTE-USP). Atualmente é Pedagoga no Instituto Federal de São Paulo, Campus Avaré, e integrante do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne). Áreas de estudo e pesquisa: Educação Profissional de Jovens e Adultos, políticas educacionais, currículo integrado, trabalho e educação, formação e inserção profissional de pessoas com deficiência.

  • Carmen Sylvia Vidigal Moraes, Universidade de São Paulo

    Possui graduação em Psicologia [Licenciatura e Bacharelado] pela Universidade de São Paulo (1973), mestrado em Educação pela Universidade de São Paulo (1978) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1990).É professora Titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: educação , educação do trabalhador, história da educação, ensino médio, educação profissional e políticas públicas.

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Publicado

2024-08-25