(Im)Possibilidades de acesso ao ensino superior público: a reprodução da dualidade estrutural e simbólica
DOI:
https://doi.org/10.35819/scientiatec.v9i1.4393Resumo
Observa-se que a educação no Brasil, nas suas diferentes institucionalidades, não atua como espaço social neutro e comporta, na perspectiva de Pierre Bourdieu, práticas de reprodução social. Nesse sentido, busca-se relacionar a dualidade estrutural e simbólica que marca ainda hoje a educação no Brasil, tendo em vista a perspectiva histórica da educação profissional, que surge em 1909 como uma educação para os desvalidos em contraponto à educação propedêutica direcionada à elite. Essa estrutura é reflexo da dimensão econômica dominante que, em resumo, coloca em oposição uma educação voltada para o trabalho manual e uma educação voltada para o trabalho intelectual. Este artigo trata da manutenção da ausência de expectativas de acesso ao ensino superior público, fenômeno construído sistematicamente ao longo das trajetórias familiar e educacional dos estudantes das camadas populares. Ou seja, propõe-se uma reflexão crítica à desigualdade de classe cujo acesso à universidade pública revela e reitera, com base no contexto histórico e social de reprodução das desigualdades sociais que se concretizam também na história da educação profissional no Brasil.
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