v. 10 n. 1 (2021): LETRAMENTO MULTIDIMENSIONAL NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

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Em pleno século XXI, é vazia de sentido a noção dicotômica de letramento que fazia, no passado, a distinção entre indivíduo escolarizado e não escolarizado. Uma cidadania informada e participativa na sociedade do conhecimento exige uma multiplicidade de competências que só um conceito mais abrangente de letramento, ou literacia, pode englobar. A literacia pode, atualmente, ser vista na perspectiva do alfabetismo funcional, na medida em que se centra não na posse das competências, mas, antes, na capacidade de utilizá-las na resolução de problemas e na tomada de decisão, em todos os domínios da vida. Quotidianamente, todos enfrentamos uma imensidão de informação - oral, escrita, numérica e gráfica - proveniente das mais diversas fontes e transmitida por uma grande variedade de meios, que importa gerir. Assim, independentemente de sua formação acadêmica, todo o indivíduo deve possuir as competências necessárias para aceder, processar, decodificar e comunicar essa informação. Pretendendo contribuir para o debate científico acerca da multidimensionalidade do conceito atual de letramento e das competências exigidas ao cidadão do século XXI,  este dossiê contempla artigos relacionados a uma ou mais dimensões da literacia na sociedade do conhecimento.

Organizadoras: Profa. Dra. Carla Maria Lopes da Silva Afonso dos Santos (Universidade Nova de Lisboa, Portugal), Profa. Dra. Cristina Paula da Silva Dias (Universidade Nova de Lisboa, Portugal) e Profa. Dra. Marizete Bortolanza Spessatto (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina)

 

Arte de capa:

Artista: Manuella Colling Viegas*

Orientação: Juliana da Cruz Mülling**

Título: Identidade e [in]formação (2020)
Material: papel sulfite. Dimensões: 210mmX297mm.
Técnica: colagem.

Sobre a obra: A composição foi realizada durante o ano de 2020, como proposição da disciplina de Artes, a partir de estudos das rupturas da modernidade sobre o cânone dos retratos, e do modernismo brasileiro como construção de discurso sobre a identidade nacional. A estudante aciona a referência dadaísta, através da fragmentação da colagem, e a vertiginosa quantidade de informações (inclusive falsas) que circundam e demarcam os sujeitos contemporâneos. A fotografia em preto e branco contrasta com a diversidade de citações de filmes e lugares, cujo desejo por conhecer instiga a cor para a estudante.

*Manuella Colling Viegas é estudante do 3º ano do curso Técnico Integrado em Administração do IFRS - Campus Canoas.
**Juliana da Cruz Mülling é professora de Artes Visuais do IFRS - Campus Canoas, orientadora da proposta na disciplina de Artes.

Publicado: 2021-07-05

Dossiê

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Espaço Plural