Manifestações de gênero na narrativa brasileira contemporânea e suas repercussões no ensino de literatura: uma análise da obra 'Enfim, Imperatriz', de Maria Fernanda Elias Maglio
DOI:
https://doi.org/10.35819/tear.v10.n1.a5025Resumo
Resumo: A literatura brasileira no cenário atual tem, cada vez mais, buscado representar indivíduos invisibilizados pela sociedade. Assim, destaca-se a contribuição de escritoras contemporâneas, muitas das quais têm abordado personagens subalternizadas e fomentado o debate sobre questões de gênero sob uma perspectiva decolonial. Entre elas está a escritora Maria Fernanda Elias Maglio, autora do livro de contos Enfim, Imperatriz, publicado em 2017 e vencedor do prêmio Jabuti no ano de 2018. Tomando como base a referida obra literária, o presente artigo objetiva analisar a maneira pela qual a autora retrata as relações de gênero e, mais especificamente, perceber como os contos “Viva em Maputo” e “Geni” representam a objetificação social, a violência e a própria (de)colonialidade. Em sua metodologia, a pesquisa, de abordagem qualitativa, contou com a análise bibliográfica para a investigação da narrativa brasileira do século XXI em termos teórico-críticos. Como resultados, percebe-se uma forte representatividade feminina na obra de Maglio, bem como a presença da objetificação social em diferentes contextos sociais retratados pelos contos, elementos que podem corroborar o trabalho docente e trazer repercussões positivas ao ensino de literatura, fomentando a leitura do mundo e o olhar atento acerca das relações de alteridade. A partir das análises, observa-se a necessidade da construção de uma educação minorizante, que aborde questões sociais da contemporaneidade pelo viés do indivíduo descentrado e culturalmente marginalizado, em um movimento de transgressão cultural frente às estruturas dominantes de poder.
Palavras-chave: Literatura brasileira contemporânea. Decolonialidade. Gênero. Educação minorizante.
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