Confecção de Material Didático e Atendimento Especial de Matemática para Alunos com Deficiência Visual

Autores

  • Gabriel Rosado dos Santos Mendes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande
  • Daner Silva Martins Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Rio Grande

Palavras-chave:

Educação Inclusiva, Deficiência Visual, Material Didático

Resumo

A proposta do presente trabalho é apresentar o projeto de extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) - Câmpus Rio Grande: "Confecção de Material Didático e Atendimento Especial de Matemática para Alunos com Deficiência Visual”, que acontece desde 2012 em parceria com a Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo. O projeto surgiu a partir da necessidade disponibilizar atendimento educacional especializado e da produção de material didático para alunos deficientes incluídos na rede municipal de ensino e no próprio IFRS. O projeto busca amenizar as dificuldades encontradas por professores e alunos com deficiência visual no processo de ensino e aprendizagem da disciplina de matemática. A partir da instrumentalização, dos alunos atendidos com os recursos didáticos utilizados como o Sorobã, uma espécie de ábaco que funciona como um instrumento de cálculo para a realização de operações matemáticas básicas e o Multiplano, que consiste em um tabuleiro plástico perfurado, em que é possível a colocação de pinos, hastes e elásticos para representação de gráficos e figuras geométricas táteis. Além disso é realizada a confecção de material didático no código Braille, através da utilização dos softwares livres, tais como o Monet e o Braille Fácil. Os materiais didáticos, fornecidos pelos professores da escola regular, são transcritos para o computador com o auxílio do Braille Fácil e através da consulta ao código matemático em Braille são realizadas as adequações necessárias, visando o melhor entendimento do aluno. Esse ano, o projeto também confecciona materiais para os professores de Química, disciplina em que o deficiente visual encontra grandes dificuldades devido a utilização de um elevado número de códigos e símbolos em Braille. O projeto atingiu os objetivos propostos, uma vez que os alunos cegos atendidos pelo projeto possuíam os conteúdos em Braille antecipadamente, fato que colaborou significativamente para a melhoria do desempenho acadêmico. Além disso, a proposta desperta o sentimento de solidariedade ao próximo e demonstra que através da cooperação todos podem contribuir no processo de aprendizagem em uma escola verdadeiramente inclusiva.

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Publicado

2015-11-30